A maior e mais intensa edição do Maravilha até ao momento. Mais investimento e tempo dedicados, mais dias, mais espectáculos, mais artistas e mais público. Foi possível testemunhar e documentar que o Festival é cada vez mais eficaz no seu objetivo de juntar as pessoas da ilha e os visitantes no mesmo lugar real e imaginário. A versão híbrida entre terra e mar continua a ser aperfeiçoada e o público já não pode passar sem a sua edição anual do festival.
Depois de experimentar o mar, nunca mais o quisemos largar. Na edição de 2023, já livre de restrições, tivemos momentos separados: espectáculos em terra e espectáculos no mar. Em terra mudámo-nos para a Praça do Infante e continuámos os espectáculos no cais, veleiros e jangada. Porquê ter só o mar ou só a ilha, se podemos ter a Maravilha?
Depois de adiarmos a edição de 2020 por causa da pandemia e ainda durante as restrições relacionadas com a mesma, surgiu a ideia de fazer uma edição no mar. Com distanciamento e em segurança. Os espetáculos aconteceram no mar e foi preciso navegar para lá chegar. No cais do porto, a bordo de veleiros ou em cima da jangada maravilha, o público separou-se nas suas embarcações para participar no festival. Foram três fins de semana de festa numa altura em que não havia festas. Foi verdadeiramente inesquecível.
Já parece a quarta edição mas ainda é só a segunda! Bailou-se uma chamarrita com beat-box, houve tendas de pizzas, crepes, teatro, tarot e terror! Aqui o Festival Maravilha já ia de vento em popa. Crianças, adultos, iatistas, turistas e artistas sabem que na arte e na festa há um espaço comum de partilha. O Festival afirma-se como um espoletador de deslumbramento e cada espectáculo e edição, é uma nova forma da mesma magia.
Em 2017, decididos a que o Festival Maravilha acontecesse de dois em dois anos, andávamos entretidos noutras missões. Mas eis que no horizonte surgiu uma flotinha de cinco veleiros coloridos. Soprámos-lhe o pano e demos-lhe guarida: foi a edição Festina Lente, um festival em veleiro com 30 pessoas e 15 meses de digressão em cinco países: França, Itália, Espanha, Marrocos e, depois de atravessarem o Atlântico para aqui chegar, Portugal. Beat-box, oficinas para crianças, dança tradicional e contemporânea, acrobacia, clown contemporâneo, pintura, tudo numa troca viva entre artistas locais e internacionais.
…fazer um festival centrado na Marina da Horta! Foi a ideia por detrás da primeira edição do Festival Maravilha. O ponto de ligação da ilha-ao-mar e do mar-à-ilha deram nome e objetivo para um festival multi-disciplinar a céu aberto. Celebraram-se os 30 anos da Marina da Horta com palhaços, marionetas, teatro, música, dança, acrobacia e instalações. Quis-se promover e celebrar bons encontros entre os que vêm, os que vão e os que ficam, de todas as idades e todas as nacionalidades com “mil artes debaixo do mesmo céu”.
Foi uma maravilha mas ainda não se chamava Maravilha. A festa aconteceu para celebrar a centésima edição do Jornal Fazendo, publicado por nós desde 2008. A Marina da Horta foi escolhida como ponto de chegada e lugar de festa final da grandiosa Parada Cultural que juntou grupos de teatro, músicos, ranchos folclóricos e artistas variados da nossa ilha. A Marina da Horta revelou-se então e simultaneamente como um lugar central à cidade e como uma plataforma para outras realidades, pois é habitada por gente de todo o mundo, em constante passagem. O que nos levou a ter a ideia de, em 2016…